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Construção da Barragem Pedreira completa 2 anos

Mais de 30% das obras já foram executadas; ações ambientais ganham destaque.
A construção da Barragem Pedreira, no rio Jaguari, entre os municípios de Pedreira e Campinas, completa dois anos no mês de março com destaques significativos nas questões socioambientais. A obra tem como objetivo principal garantir a segurança hídrica de mais de 5 milhões de pessoas.

Durante toda a operação também são realizadas ações de contrapartida ambiental como reflorestamento e monitoramento das águas e das espécies.

A responsabilidade pela barragem é do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente.

O Superintendente do Departamento, Francisco Eduardo Loducca, destaca a importância da Barragem Pedreira, juntamente com o reservatório de Duas Pontes – em construção no rio Camanducaia – em Amparo: “ As obras vão aumentar a oferta de água da bacia do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e assegurar abastecimento para 23 municípios da região. Isso é importante para o nosso presente e futuro”.

A obra da Barragem Pedreira está na quarta fase, com o desvio do rio Jaguari já concluído. O empreendimento caminha para a etapa final da escavação da fundação onde será construído o eixo da barragem. Na sequência será realizada a limpeza e tratamento da fundação, seguido das injeções de consolidação, como mais um elemento que conferirá estabilidade à barragem. Até o momento contabiliza-se 30,59% de construção, após superadas as etapas administrativas como emissão de licenças, projeto e licitação.

A previsão é que o novo reservatório esteja em funcionamento no próximo ano.

PROGRAMAS SOCIOAMBIENTAIS

O empreendimento, que tem como executor o Consórcio BP OAS-Cetenco, possui um Plano Básico Ambiental – PBA contemplando 27 programas socioambientais para prevenir e mitigar os impactos associados às fases de instalação (construção) e operação da barragem.

Entre as ações de destaque nos últimos dois anos estão alguns dos programas dos meios Biótico, Físico e Social, além do Programa de Controle Ambiental das Obras.

No Biótico, destaca-se o Programa de Reflorestamento e Enriquecimento Florestal, para reflorestamento da futura Área de Preservação Permanente – APP do entorno da Barragem Pedreira, por meio da qual já foram plantados 40,46 hectares. Já o Programa de Monitoramento e Conservação da Fauna soma o resgate de 245 indivíduos, de 52 espécies diferentes, em situação de risco, dos quais 203 foram devolvidos para a natureza. O monitoramento da biótica aquática, que está em sua nona campanha, em conjunto com o monitoramento da ictiofauna (peixes), em sua oitava campanha, vem sendo mantido com um olhar constante na condição de vida das espécies aquáticas. Quanto aos cuidados com a ictiofauna, durante as obras no leito do rio Jaguari foram resgatados e devolvidos em ponto mais abaixo, cerca de 80 mil peixes. O monitoramento de invertebrados de interesse médico sanitário, em sua oitava campanha, vem monitorando e comunicando às secretarias de saúde dos municípios (Pedreira e Campinas) quanto à incidência, especialmente de insetos vetores de doenças.

No Físico, o Programa de Monitoramento Hidrológico contabiliza 19 campanhas nas Estações Hidrográficas de montante (acima) e jusante (abaixo) das obras. Conjuntamente com o referido programa está o Programa de Monitoramento Sedimentológico, sendo que ambos demonstram até o momento, que todos os parâmetros estão coerentes com o esperado. Ainda o Programa de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas conta com 12 poços instalados no entorno do futuro reservatório d´água. Nestes poços são monitorados os níveis d´água subterrânea, bem como a qualidade destas águas. O Programa de Monitoramento de Qualidade das Águas Superficiais, com 15 campanhas de coleta e análise já realizadas, tendo atestado em todas elas qualidade adequada nos sete pontos localizados no rio Jaguari e seus principais afluentes no entorno das obras.

No Social, o Programa de Educação Ambiental já envolveu o total de 2.930 crianças e adolescentes das redes de ensino municipal e estadual do município de Pedreira, em atividades diversas, como palestras e atividades de educação ambiental.

Inserido ainda no meio Social, o Programa de Mobilização e Desmobilização de Mão de Obra realizou no período cursos de capacitação e treinamentos voltados aos trabalhadores e seus familiares e, ainda à comunidade local. Exemplo disso foi o Curso de Capacitação Profissional para Reaproveitamento de Madeira, em Marchetaria, e o Curso de Capacitação Profissional Fiscal de Segurança do Trabalho. Também, como curso de capacitação, o empreendimento oferece a Escola Formando Pessoas, que é voltada para alfabetização e atualmente desenvolve ação para apoiar e preparar alunos para avaliação do ENCEJA (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos).

Por meio do Centro de Comunicação e Interação Social o empreendimento já recebeu 2.422 currículos para preenchimento de vagas de trabalho do empreendimento.

Vale destacar, que na atual fase de restrições impostas no plano governamental de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, as ações são realizadas tomando todos os cuidados e, quando possível, são realizadas à distância.

Em relação ao Programa de Controle Ambiental das Obras – PCA o destaque fica por conta do trabalho de monitoramento da turbidez das águas do rio Jaguari. O objetivo é obter parâmetros da qualidade da água, com acompanhamento durante as atividades do empreendimento, a fim de controlar qualquer alteração causada pelas obras. A frequência de medição é semanal, porém a mesma é intensificada em dias de chuvas, durante intervenções do empreendimento diretamente no rio e outros eventos que possam gerar alterações de turbidez.

Foram pré-definidos cinco pontos de monitoramento em locais estratégicos, dois pontos a montante das atividades do projeto, um próximo ao eixo da barragem, outros dois a jusante, sendo o último próximo a captação de água do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) do município de Pedreira, que significa Unidade Nefelométrica de Turbidez.

Além da turbidez, o PCA vem observando e orientando sobre o controle de erosão, emissões atmosféricas (gases, poeiras), ruídos e demais aspectos das obras, os quais exigem boas práticas de engenharia e ambientais.
PRÓXIMAS ETAPAS DA OBRA

A próxima e quinta fase da obra consistirá na execução da barragem e concretagem das estruturas. Neste momento será construída a galeria de desvio, realizada a remoção das ensecadeiras, executada a proteção dos taludes e a concretagem das estruturas como o vertedouro, os muros de alas, a tomada d’água e escada de peixes.

É importante destacar que durante a execução da barragem, a cada camada de 25 a 30 centímetros serão realizados controles tecnológicos rigorosos para aferir todos os parâmetros técnicos de projeto. Também serão realizados ensaios em laboratórios por profissionais especializados e em conformidade com as normas técnicas brasileiras e as boas técnicas de construção de barragem internacional. A partir deste momento será iniciada a montagem dos componentes eletromecânicos. Em seguida, ocorrerá o desvio do rio pela galeria.

Na sexta fase a barragem será finalizada, com a execução das proteções dos taludes das margens esquerda e direita, além da remoção das ensecadeiras e da escavação do septo natural a jusante.

Após a conclusão das ações citadas acima é que ocorrerá o fechamento da galeria de desvio e terá início o enchimento do reservatório. Contudo, antes do enchimento serão tomadas providências para a limpeza da área do reservatório, tendo como atividade principal a supressão da vegetação desta área em acordo com ASV (Autorização para Supressão de Vegetação) a ser obtida. Além desta, outras providencias garantirão que água do enchimento estará livre de contaminantes ou mesmo de materiais que possam flutuar sobre a superfície da barragem quando cheia.

Haverá ainda atividades com objetivo de proteção da fauna silvestre local, os quais iniciarão antes da supressão da vegetação, e que ocorrerão durante o enchimento. Neste momento serão realizados afungentamentos e resgate da fauna silvestre, neste último caso, destinando-os para áreas de soltura aprovadas.

A BARRAGEM

Localizada nos munícipios de Pedreira e Campinas, a Barragem Pedreira é uma construção mista, com núcleo argiloso e enrocamento. As obras tiveram as primeiras atividades iniciadas em meados de 2018, quando ocorreu a instalação do Canteiro Administrativo. Das propriedades ao redor do reservatório de Pedreira, cerca de 70,81% já estão com os processos de desapropriação concluídos. Uma das primeiras áreas, foi a Fazenda Ingatuba, local onde atualmente se concentra grande parte das obras do barramento.

FASES DA OBRA

1ª – Após a emissão da Licença Ambiental de Instalação Nº 2557, pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), a primeira fase da obra incluiu a supressão da vegetação na área do barramento, instalação do Canteiro Industrial.

A supressão de vegetação foi realizada em acordo com a Autorização de Supressão de Vegetação – ASV (Autorização de Supressão de Vegetação) emitida pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

2ª – Esta etapa contemplou os serviços preliminares e desvio do rio Jaguari, que previa a instalação de ensecadeiras, a montante do desvio e jusante do desvio.

3ª – Esta fase incluiu a finalização do canal de desvio e início das escavações das margens, que consistiu a conclusão da escavação do canal de desvio; escavação da margem direita; implantação das proteções dos taludes do canal de desvio; remoção da ensecadeira “MO” e remoção parcial da ensecadeira “JO”.

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