O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) iniciou ciclo 2021/2022 de reprodução de peixes para recuperação de espécies e repovoamento dos rios Paraitinga, Taiaçupeba Açu, Rio Claro e o Rio Tietê – todos na região do Alto Tietê.
A técnica de psicultura, sob responsabilidade do Gestor Ambiental Edison Alves dos Santos e da Engenheira de Pesca da Universidade de Mogi das Cruzes, Micheli Zaminhan Hassemer teve início na última quinta-feira, 25/11.
Durante o trabalho, os técnicos realizam o processo de indução hormonal em matrizes de Curimba-de-Lagoa (Prochilodus vimboides) – uma espécie extinta em rios da região -, afim de estimular a reprodução e desova dos peixes em laboratório. Essa etapa acontece em aproximadamente 24h.
Após a fertilização, os ovos são depositados em incubadoras próprias para maturação. A partir da sua eclosão, ocorre o acompanhamento do desenvolvimento das larvas. Os alevinos ainda passam no mínimo dois meses nos tanques da piscicultura, onde são alimentados com ração e terminam de se desenvolver antes da soltura na natureza.
Os peixes são produzidos pelo DAEE na estação de Piscicultura de Ponte Nova com assessoria técnica-científica do Laboratório de Genética de Organismos Aquáticos e Aquicultura, sob liderança do professor e pesquisador Alexandre Hilsdorf da Universidade de Mogi das Cruzes e é financiado pela SABESP.
O projeto de reprodução de espécies nativas para o repovoamento dos rios da região visam a conservação da ictiofauna e do ecossistema aquático, mitigando a perda das populações locais.
O programa de Aquicultura e Conservação de Recursos Biológicos Aquáticos do Sistema Produtor do Alto Tietê acontece pelo DAEE desde 2003 e; além do Curimba-de-Lagoa (Prochilodus vimboides), contribui para a reintrodução de outras espécies como a Tabarana (Salminus hilarii), o Cará-Topete (Geophagus brasiliensis) e o Lambari-do-Rabo-Vermelho – Peva (Astyanax sp).
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