Uma semana após a tragédia no litoral norte, ocorrida no domingo (18), o balanço das operações sob responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) mostra que a resposta rápida contribuiu para acelerar tanto o socorro às vítimas e famílias desabrigadas quanto a recuperação de áreas atingidas pelo fenômeno climático (684 mm de chuvas em 24h).

Fundamentais para evitar uma crise sanitária, por exemplo, o abastecimento de água e os serviços de saneamento foram restabelecidos pela Sabesp rapidamente após o temporal. Durante os serviços, caminhões-pipa também foram disponibilizados para o suporte emergencial.

“Em meio a tantas perdas e tristezas, nós fizemos uma força-tarefa para mitigar, de forma célere, os danos no território e assistir à população. Também houve uma onda de solidariedade tanto no âmbito das empresas vinculadas à SEMIL quanto da iniciativa privada, que nos procurou para oferecer suporte à operação”, avalia a titular da Pasta, Natália Resende.

A parte mais crítica do trabalho coube ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER), responsável pela remoção das toneladas de escombros e lama que desceram das encostas e interromperam o tráfego em rodovias importantes, dificultando o acesso às populações afetadas. Ao longo da semana, técnicos do DER, com o apoio também do Exército, utilizaram cerca de 80 equipamentos, como escavadeiras e caminhões, para liberar cerca de 84 pontos da SP-055 que ficaram cobertos por lama, árvores e pedras. O Centro de Operações e Informações (COI) atuou 24h na coleta de informações e mobilização das equipes.

Para auxiliar no desafio logístico, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), ambos vinculados à SEMIL, bem como as concessionárias Ecovias (Ecorodovias), Rota das Bandeiras, Arteris, CCR, Tamoios e Comgás disponibilizaram diversos equipamentos, entre máquinas e veículos.

O único trecho bloqueado fica na rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro, a Mogi Bertioga (SP-098), onde ocorreu rompimento de tubulação. As obras emergenciais de recuperação foram iniciadas na terça-feira (20), dois dias após a ocorrência, com um investimento de R$ 9,4 milhões, que contempla reconstrução da pista, novo sistema de drenagem, construção de muro de arrimo, além do reforço do muro existente. O prazo é de 180 dias para a conclusão, mas a liberação ao tráfego já deverá ocorrer em até 60 dias.

Paralelamente, a equipe técnica de geociências do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) enviou profissionais que, em conjunto com a Defesa Civil, vistoriaram áreas críticas e iniciaram o diagnóstico geológico-geotécnico da região, que permitirá uma abordagem mais definitiva nas soluções adotadas para encostas, sistemas de drenagem e proteção das rodovias.